Justiça social, paz e direitos humanos

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O emprego na ESS

A contribuição da ESS à criação de emprego permanece ainda pouco estudada. Embora ela seja cada vez mais reconhecida por sua dinâmica de criação de emprego em constante crescimento e menos dependente de situações conjunturais, falar sobre o emprego na ESS de maneira global apresenta dificuldades devido a sua diversidade e às características dos diferentes segmentos que a compõem. Em matéria de qualidade do emprego, por exemplo, as sociedades mútuas, as associações, as cooperativas ou até as fundações se caracterizam por ter comportamentos diferentes, por ocasiões completamente opostos. Dependendo do porte que elas tiverem, das atividades e das ocupações completamente variadas que elas representarem, comportamentos diferentes poderão ser observados em termos de competências requeridas, remunerações ou estabilidade no emprego.

A justiça social, um desafio democrático

Os mecanismos do mercado deixam muitos/as de parte: as pessoas em situação de pobreza, os/as jovens, as pessoas de idade, as pessoas estrangeiras, as mulheres, etc. Oferecem pouco espaço aos mecanismos de justiça social que permitiriam às pessoas excluidas reivindicar os seus direitos e beneficiar da repartição equitativa da riqueza. O direito à habitação, o acesso à terra, à alimentação, aos cuidados, ao mercado de trabalho, à coesão social, os desafios democráticos em torno destes temas – e de muitos outros dependendo se a pessoa se encontra no Sul ou no Norte -, não pode depender de uma autoridade única que imponha as suas soluções desde cima, nem de um mecanismo de mercado avassalador.